Segundo estudos, o ser humano, quando submetido a condições de desconforto térmico, tem a debilitação do estado geral de sua saúde, alteração nas reações psicosensoriais e queda da capacidade de produção. Pode-se esperar um aumento de faltas ao trabalho, alta rotatividade de mão-de-obra e perigos para a saúde e riscos de segurança. A produção pode diminuir uma média de 25 a 40% [ASHRAE, 1995]. A utilização de resfriamento evaporativo em áreas de grande carga térmica, onde os sistemas de ventilação são insuficientes e os condicionadores de ar convencionais são tecnicamente ou economicamente inviáveis, pode gerar conforto, aumentando a produtividade e a disposição dos trabalhadores, além de garantir cumprimento de exigências legais quanto às condições de trabalho, conforme determinado pelas NR17 e NR15 e seu Anexo 3.
(Baseado na tese do Dr. Antonio Cesar Silveira Baptista da Silva)
O objetivo de um ESTUDO DE CONFORTO TÉRMICO é avaliar as condições de conforto térmico em uma unidade industrial ou comercial e verificar o potencial de melhoria com o uso de sistemas de exaustão e resfriamento evaporativo, equipamentos adequados para locais abertos e cujo consumo de energia é muito inferior a sistemas de condicionamento de ar.
Para confeccionar um PROJETO DE CONFORTO TÉRMICO, são realizadas simulações da edificação em análise, sob o ponto de vista de conforto térmico, com aplicativos que utilizam dados climáticos provenientes de bases de dados históricos nacionais e internacionais. Também são coletados dados de temperatura, umidade e ponto de orvalho na edificação a ser estudada, além de outras informações como posicionamento (coordenadas GPS), posição em relação ao sol, características da envoltória (materiais construtivos, etc.), perfis de ocupação, etc.
Com base no modelo desenvolvido, é realizada a comparação entre os resultados obtidos pela simulação e os valores medidos no local. Esta etapa permite calibrar o modelo, para que o mesmo represente com mais fidelidade o nível de CONFORTO TÉRMICO da edificação. Após a realização desta calibração, pode-se atingir incertezas dos resultados obtidos pela simulação do modelo da ordem ±1°C para a temperatura de bulbo seco interna e de cerca de ±5% para a umidade relativa do ambiente.
Adota-se, como critério de avaliação das condições do ambiente, a porcentagem de horas ocupadas nas quais a temperatura de bulbo seco interno do ambiente se mantenha abaixo de de um determinado número, como por exemplo, 25oC.
Analisa-se a situação atual e determina-se as ações necessárias para a melhoria do CONFORTO TÉRMICO, recomendando-se a instalação de exaustores e sistemas de resfriamento evaporativo, cada qual com suas respectivas vazões e posição de instalação na edificação. Nesta análise, podem existir 2 ou 3 soluções distintas com resultados também distintos.
Como resultado do PROJETO DE CONFORTO TÉRMICO, todo o investimento em equipamentos é feito com maior grau de precisão, de forma que os resultados após a instalação dos mesmos seja como previsto em projeto, seja sob o ponto de vista de consumo de energia, seja sob o ponto de vista de eficiência na refrigeração.
Ao final do projeto, são fornecidos gráficos com as medidas obtidas pelos sensores de temperatura, umidade e ponto de orvalho, bem como informações sobre a eficiência de cada sistema de refrigeração proposto (com exaustores e resfriadores evaporativos). Desta forma, o cliente poderá escolher, dentre as opções propostas, a que melhor atenderá suas necessidades sob os pontos de vista de investimento, custo operacional e resultado de CONFORTO TÉRMICO.